São 20 expositores da Universidade com projetos e atividades de áreas que vão da computação à biologia. O objetivo é despertar a curiosidade de crianças e adolescentes para a ciência.
Kamilla Brandão, de 7 anos, está encantada com o novo videogame que descobriu. “A gente tem que pegar o lixo e colocar na lixeira certa. Quando a gente acerta, ele dá parabéns. É muito legal”, diz. O jogo, que ensina conceitos de reciclagem, foi desenvolvido pelo Departamento de Ciência da Computação (CIC) da UnB, em parceria com o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, o IBICT. “São vários mini jogos, entre eles, jogo da memória, quebra-cabeças e um jogo de plataforma”, explica o estudante de Ciências da Computação da UnB, Danilo Trindade.
Os jogos estão expostos no pavilhão da 7ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. O evento, organizado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, começou nesta segunda-feira, 18, e vai até domingo, 24 de outubro, na Esplanada dos Ministérios. O tema deste ano é Ciência para o Desenvolvimento Sustentável. Além dos jogos eletrônicos, a UnB participa com mais de 20 estandes.
A programação da semana inclui palestras, oficinas, feiras de ciências, concursos, exibição de filmes e documentários científicos, excursões científicas, programas de rádio e distribuição de cartilhas. “Com este tema, queremos mostrar as opções de desenvolvimento econômico, mas sem esquecer a responsabilidade com a natureza”, afirma o secretário de Ciência e Tecnologia para a Inclusão Social, Roosevelt Tomé. O objetivo do evento é promover a difusão e a popularização da ciência, principalmente entre crianças e adolescentes. “A popularização da ciência é imprescindível para despertar a curiosidade científica e o interesse dos jovens por novos saberes”, completa.
BICICLETA – Ao longo da exposição, os visitantes encontram explicações para fenômenos do dia-a-dia. O Instituto de Física apresentou um experimento que mostra porque uma bicicleta consegue se manter em equilíbrio quando está em movimento. O estudante do 2º ano do ensino médio, Caio Costa, de 16 anos, enfrentou o desafio de ficar em cima de uma plataforma giratória segurando uma roda de bicicleta. “É muito interessante. A medida que a plataforma gira, a gente sente a resistência da roda”, diz. “Quando você tem um movimento giratório, um momento angular, você tem uma força binária chamada torque”, explica o estudante de Física da UnB, Bruno Faria, um dos monitores do experimento. “O torque gera uma força para a frente, e ela está sempre em equilíbrio. Nesse experimento, quando a pessoa gira a roda, ela sente no corpo a ação do torque”, diz.
Uma fila de crianças e adolescentes se formou em frente ao “Túnel sensorial”, uma atividade do departamento de Fisioterapia da Faculdade de Ceilândia. “O túnel avalia três sentidos do corpo humano: tato, olfato e audição”, explica a professora Aline Alves. Os visitantes entram vendados, conduzidos por um aluno de Fisioterapia, e sentem os mais diversos tipos de materiais. “A gente pegou em moeda, palha, arroz, sentiu cheiro de fruta. É muito diferente com os olhos fechados”, afirmou o estudante do 7º ano do ensino fundamental, Guilherme Rodrigues, de 12 anos.
A estudante do 1º ano do ensino médio, Flávia Roberta Dourado, de 14 anos, ficou mais estimulada a seguir carreira na área de Informática ao conhecer o projeto Meninas na Computação, do CIC/UnB. “Ensinamos as meninas a fazer o raciocínio de programação de forma lúdica, criando um jogo onde elas ensinam os personagens a realizarem ações”, diz a professora Maria Emília Walter, uma das coordenadoras do projeto. Segundo ela, pesquisas apontam certa resistência das meninas em ingressar na área de Tecnologia da Informação. “Meninas gostam mais de jogos de inteligência e criatividade, e não de jogos de guerra, como os meninos. E as empresas estão atrás dessa habilidade”, diz.
A exposição também é uma oportunidade para os visitantes conhecerem a biodiversidade do país. O projeto Bio na Rua, do departamento de Ciências Biológicas da UnB, montou uma miniexposição de insetos. “Tem bichos que a gente só vê na tevê. É interessante ver tudo de perto, mas tenho um pouco de nojo de pegar”, diz a estudante do 2º ano do ensino médio, Lariane Costa, de 18 anos.
A previsão é que 150 mil pessoas, metade estudantes, passem pela Semana Nacional de Ciência e Tecnologia até domingo. São cerca de 70 expositores, entre eles a Agência Espacial Brasileira, Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia, Forças Armadas, universidades, institutos federais de educação e agências de fomento à pesquisa.
Disponivél em:http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=4080
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