domingo, 18 de abril de 2010

Especialistas estão otimistas quanto ao futuro das células-tronco


Sempre de olho no futuro, os cientistas vão deixando, no caminho, ferramentas que os médicos já estão aproveitando.

"Trabalhar com células é uma coisa muito artesanal, você tem que todo dia olhar pra ela, ver se ela está feliz, se não está, se ela está se multiplicando. E não tem feriado, não tem fim de semana, ano novo, Natal. Todo dia, você tem que observá-las”, revela a geneticista Lygia Pereira, da Universidade de São Paulo (USP).
Ainda mais quando o material é tão nobre como esse: células-embrionárias, cultivadas no Brasil nos últimos dois anos. "A gente ter conseguido fazer as nossas próprias linhagens de células-tronco embrionárias foi fundamental para dar autonomia ao país nessas pesquisas, e na terapia com essas células. Agora, a gente controla todo o processo, a gente sabe pegar um embrião, tirar a célula embrionária, multiplicar essas células, transformá-las em neurônios, em músculos. O que a gente precisa agora é da segunda etapa, de produzir isso tudo de uma forma segura para uso em seres humanos", afirma a médica.
A Dra. Lygia é do time de brasileiros que vive o entusiasmo de ver a medicina do futuro nascendo no laboratório. Quanto mais seguros são esses primeiros passos, mais longe a pesquisa consegue chegar.
"A grande promessa é você fazer terapia gênica na célula-tronco. Você pega a célula-tronco e coloca lá os gens que podem ajudar no combate da doença para turbinar a célula-tronco. Você pode botar na célula-tronco um fator genético que faz com que ela produza uma quantidade muito grande de insulina, por exemplo. E ela corrigiria a diabetes", aposta o hematologista Júlio Voltarelli, da USP.
Esse é um mundo sem fronteiras. E, assim, a equipe do Sr. Júlio Voltarelli - que trabalha no interior de São Paulo - consegue ser uma referência mundial.
"Isso é que é muito bom, porque eu sempre digo que a pesquisa é como uma casa que você vai construindo colocando tijolinhos, e tem muita gente correndo para colocar os tijolinhos, e a casa está crescendo. Então, cada trabalho novo que surge é um novo aprendizado, é um tijolinho a mais. E que todo mundo aprende junto", declara a geneticista Mayana Zatz, da USP.
E sempre de olho no futuro, os cientistas vão deixando, no caminho, ferramentas que os médicos já estão aproveitando.

"Hoje, nós vivemos um momento único, em que um pesquisador clínico que vê e trata pacientes tem a chance de ir a um laboratório de pesquisa básica e dialogar com esses profissionais, procurando soluções na bancada do laboratório para os seus pacientes nos consultórios, nos ambulatórios que hoje sofrem", ressalta o cardiologista Luis Henrique Gowdak, do InCor de SP.

O desafio deste século é desenvolver a medicina regenerativa, usando o próprio corpo humano como fonte da cura. Conhecendo cada vez melhor essa máquina maravilhosa, onde será possível chegar?
"O nosso grande desafio é eliminar esse conceito, esse rótulo, que alguns pacientes ainda recebem de ‘lamento, não há mais nada que a medicina possa fazer pelo senhor. Então, o senhor ai continuar a sofrer pelo tempo de vida que lhe resta’. Isso é muito angustiante para um médico. Isso é um desafio", afirma o cardiologista Luis Henrique Gowdak, do InCor de SP.

Fonte: Globo Reporter

Disponivél em:http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2010/04/especialista-estao-otimistas-quanto-ao-futuro-do-estudo-das-celulas-tronco.html

Acessado em: 18/04/10 ás 21:10.

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Fizemos uma seleção de Reportagens do último Globo Reporter, o qual tratou sobre as novas descobertas sobre as células-tronco. De como os ciêntistas brasileiros estão otimistas com todas essas novas descobertas e os resultados obtidos, é uma série de reportagens que vale a pena lê. E pra quem tiver mais curiosidades sobre o tema, segue o link do globo reporter, onde constam os videos do programa na integra.
http://g1.globo.com/globo-reporter/

Até mais!
Gracineide Costa

Células-tronco reduzem dores e curam lesões de animais


Gatos, cachorros e até cavalos recebem esse tipo de tratamento, e os seus donos agradecem.

Se a rodovia foi interditada, o analista de sistemas Roberto Sampaio leva a Ariel para a consulta de helicóptero. Um amor de cinema. A gatinha sofre de insuficiência renal crônica e faz tratamento com células-tronco no interior de São Paulo. "São células-tronco de dente de leite de gatos, que perdem o dente, e a gente isola as células desses gatinhos", explica a veterinária Michele Barros.
As células-tronco são injetadas nos rins da gatinha com a ajuda do ultrassom. Como a doença é crônica, de tempos em tempos, Ariel precisa de nova aplicação. Mas com apenas quatro, já voltou a comer e parou de sofrer. "Eu sei que a gente não vai vencer a morte, mas, se der qualidade de vida, é importante. Eu quero que ela não sofra, principalmente", afirma Roberto.
Ainda dormindo, Ariel deixa a clínica e volta para casa em grande estilo.
A cadela Raica já melhorou tanto que já se engalfinhou com a turma da casa. Levou até pontos no olho. "Ela não comia, tinha que tomar remédio para comer, ela não comia de jeito nenhum, só dormia", lembra a engenheira mecânica Sandra Hayakawa.
A angústia do casal chegou ao auge com o diagnóstico: uma espécie de leucemia canina, doença fatal. "Ela estava condenada. Faz três anos que ela estaria condenada", diz Sandra.
Raica recebeu aplicações de células-tronco na veia e na medula. “A gente começou a reparar que ela começou a melhorar, quando ela começou a latir outra vez. Eu nem lembrava como era o latido dela”, conta a engenheira mecânica.
Em animais de estimação, as terapias com células-tronco podem significar mais tempo de convivência com os bichinhos. Em animais como o cavalo Shining, o tratamento pode fazer a diferença entre uma carreira de sucesso e a aposentadoria precoce.
Shining sofreu rompimento em dois tendões durante sua primeira competição de "laço ao bezerro".
Neto de um campeão americano, seria um senhor prejuízo aposentar as ferraduras tão novo. “Eu pensei que ia perder ele, que não ia mais ter jeito de recuperar, porque a gente já tem uma experiência de ver essas coisas”, conta o empresário Tiago Marconi.
Mas o veterinário tinha uma carta na manga: células-tronco foram retiradas da gordura do traseiro e aplicadas na pata. Em uma semana, Shining parou de mancar, em três meses voltou a treinar.
“Nos exames de ultrassonografia, nós vemos a regeneração, a recuperação e a formação de células tendíneas, fibras tendíneas, sem ponto de cicatrização. Esse é o milagre da célula-tronco: não deixar cicatriz na lesão. O que é fundamental para um atleta”, afirma o veterinário Luciano Mazzonetto.
E que ninguém duvide se um dia além de regenerar órgãos e tecidos, esses cientistas conseguirem fazer de uma pequena célula um animal inteiro - um clone perfeito desses bichos tão amados.
"Na ciência, você tem que sonhar para poder ter os seus objetivos no futuro. Acredito que é um sonho possível”, declara o biólogo Enrico Santos.

Fonte:Globo Reporter
Edição do dia 16/04/2010
16/04/2010 23h02 - Atualizado em 16/04/2010 23h15

Disponivél em:http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2010/04/celulas-tronco-reduzem-dores-e-curam-lesoes-de-animais.html. Acessado em: 18/04/10 ás 21:06.

Já é possível reduzir rugas e rejuvenescer o rosto sem cirurgia


A célula mesenquimal é usada para restaurar o nível de fibroblastos e ativa a produção de colágeno e elastina.

A saúde vem sempre em primeiro lugar, ninguém contesta, mas uma boa aparência também é um desejo legítimo. Quem não gostaria de manter aquela carinha da juventude. Já estamos bem perto de conseguir isso sem usar o bisturi.
As fotos tradicionais, do antes e do depois, não mentem. A técnica em química Rosângela Leiria é voluntária da pesquisa que nasceu no laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os cientistas usam a gordura da lipoaspiração como fonte de células mesenquimais.
Depois de limpas e selecionadas, elas são injetadas como se faz em qualquer técnica atual de preenchimento: em cima dos sulcos que a paciente deseja eliminar.
"O objetivo, no caso, foi encontrar um material de preenchimento mais duradouro do que o ácido hialurônico, que ele seria reabsorvido completamente. Também com o passar do tempo, houve uma melhora no aspecto dessa ruga", explica o cirurgião plástico César Cláudio-Da-Silva.
A célula mesenquimal é usada para restaurar o nível de fibroblastos, ou seja, ativa a produção de colágeno e elastina - que diminui muito conforme nossa idade avança.
"Depois de um ano, mais ou menos, eu comecei a sentir a diferença. Na época, eu tinha 39 anos, e agora estou com 45 e acho que melhorou até. A tendência era piorar, e estabilizou. Ficou do mesmo jeito que ele tinha feito de um ano depois. Nunca mais voltou", elogia Rosângela.
Tem jeito de revolução, mas que ninguém espere por milagres. Uma pele maltratada pelo sol, em um corpo que fuma e se alimenta mal, sempre terá um resultado menor. Também não é a fonte da eterna juventude.
Creminhos à base de células-tronco, por exemplo - como tanta gente anda falando por aí - ainda são pura especulação. "Creme é um procedimento que pode ser adquirido livremente e pode ser aplicado livremente. A célula não deve e não poderá ser adquirida e aplicada livremente. De novo: o médico capacitado pode fazer isso, e pode fazer isso muito bem com um excelente resultado", aponta o biólogo Radovan Borojevic, da UFRJ.
Terapias eficientes para o rejuvenescimento ainda dependem de muita pesquisa e de uma certeza científica fundamental: que as células-tronco façam apenas os consertos que se espera delas, e não aberrações inconvenientes.
"Imagine se em vez de formar músculos, a célula chega lá e diz: ‘eu quero virar osso’! Seria um desastre. Então, nós só vamos poder pensar em injetar células-tronco em pacientes, quando a gente tiver certeza de que as células vão se dirigir ao órgão que precisa ser consertado e de que elas vão se diferenciar no tecido que precisa ser regenerado. Esse que é o grande desafio", declara a geneticista Mayana Zatz, da USP.

Fonte: Globo Reporter
16/04/2010 22h53 - Atualizado em 16/04/2010 23h11

Disponivél em:http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2010/04/ja-e-possivel-reduzir-rugas-e-rejuvenescer-o-rosto-sem-cirurgia.html
Acessado:18/04/10 ás 21:00.

Células-tronco ajudam a tratar diabetes e esclerose múltipla

Médicos também pesquisam a capacidade que elas teriam de regular o sistema imunológico a ponto de evitar a rejeição.

“Ele não calçava a sandália, não amarrava o tênis, não calçava meia. Mesmo a roupa, ele Não vestia, não tomava banho sozinho. Agora, não. Agora, ele fala: ‘não, mãe. Agora, não. Eu já posso fazer sozinho’", conta Maria de Lurdes Marques, mãe de Diego.
O jovem não conseguia mais andar sozinho. Já a estudante de economia Tatiana Acar, quanto mais comia, mais emagrecia. "Eu estava com muita sede. Eu saía no meio da rua, tinha que parar para beber água, tomar um suco. Eu nem reparava, não sabia nada desses sintomas. Só reparava que estava emagrecendo muito."
No caso de Tatiana, era diabetes tipo 1. Diego desenvolveu esclerose múltipla, de uma hora para outra. O que os dois têm em comum é a equipe médica, um grupo de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, pioneiro na pesquisa de células-tronco para o tratamento de doenças auto-imunes.
O hematologista Júlio Voltarelli, da Universidade de São Paulo (USP), comanda vários grupos de pesquisa que os cientistas chamam de protocolos. O de Diego é desenvolvido em parceria com duas universidades fora do país: uma do Canadá e outra dos Estados Unidos.
"O Diego foi sorteado para o transplante, fez o transplante e faz dois meses e ele não está tendo surto. Vejo esse resultado extremamente positivo. É claro que a gente tem que seguir o paciente durante vários anos, mas inicialmente um paciente que está tendo surtos a cada 15 dias, faz o procedimento e para de ter surtos, a gente fica otimista", afirma Júlio Voltarelli.
Depois de muita pesquisa, os médicos já sabem que o efeito das células-tronco é mais promissor, quando a doença ainda está no começo.
"Aqueles outros que já estão na fase progressiva já têm sequelas. E esses pacientes na fase precoce não têm sequelas. Então, o transplante interrompendo o surto, leva o paciente a ter uma vida praticamente normal. Esse é o objetivo desse projeto novo", explica o hematologista.
Diego e Tatiana estão muito contentes com o resultado, mas, nem por isso esquecem como foi difícil aceitar a idéia de se tornar uma ‘cobaia’ humana. “Eu ficava na dúvida, mas ao mesmo tempo eu falava: ‘já não tenho mais injeção, já estou na última, não tive melhora nenhuma. Então, melhor eu fazer o transplante mesmo’", declara Diego.
Para Tatiana também, era arriscar ou passar a vida sofrendo restrições alimentares e tomando altas doses de insulina diariamente. "Minha cabeça ficou fervendo. Eu não conseguia pensar em mais nada. Eu fui à minha médica de novo para saber o que ela achava, mas ninguém podia falar nada, é uma coisa muito séria para você dar uma opinião que pode mudar a sua vida completamente", conta a jovem.
E ainda tinha que escolher entre dois protocolos de pesquisa: o mais usado, com quimioterapia para zerar o sistema imunológico - o que sempre representa um risco para o paciente - e a novíssima experiência com células-tronco mesenquimais, que acabou sendo a opção de Tatiana.
“O protocolo são oito infusões, e eu já fiz essas oito. Então, eu estou em avaliação, mas eles também querem que eu faça mais, porque eles estão vendo que está tendo resultado, porque está baixando a dose. Então, se eu fizer mais, de repente vou poder baixar ainda mais as doses e parar de tomar a insulina", revela a jovem.
As células-tronco mesenquimais existem em vários tecidos como na gordura e na parede dos vasos. Além do poder de regeneração, os médicos também pesquisam a capacidade que elas teriam de regular o sistema imunológico a ponto de evitar a rejeição.
"O que nós fazemos é retirar da medula óssea e pode ser retirada de outros tecidos, mas no nosso projeto é da medula óssea. E a gente injeta a célula no paciente sem a quimioterapia. Essa que é a grande vantagem", explica o hematologista Júlio Voltarelli, USP.
A irmã gêmea de Tatiana, que doou a medula para a irmã, acabou ganhando destaque no grupo de pesquisa, porque a quantidade de células mesenquimais que se reproduziram em laboratório surpreendeu os médicos.
"Geralmente, quem doava era pai. Como eu sou uma pessoa mais nova, a tendência é ela se reproduzir mais. Então, a minha irmã fez oito infusões e, como sobraram bastantes células, eles pediram para eu doar para outro paciente”, diz Juliana que aceitou doar mais células
É uma revolução em curso. Para ver o que acontecia no organismo de Tatiana, os médicos fizeram uma cintilografia, e essa imagem rara entrou para a história. A expectativa era ver as células-tronco concentradas no pâncreas, o órgão que mais sofre com o diabetes.
Mas elas aparecem mais nos rins e principalmente nos pulmões. É que Tatiana tem asma e a inflamação provocada pela doença pode ter atraído as células-tronco que tem uma vocação anti-inflamatória.
"É isso o que a gente está fazendo: tentando entender esses mecanismos de como a célula mesenquimal estimula outra célula para ela se diferenciar e ter a capacidade de regenerar o tecido", aponta a bióloga Maristela Orellana, da USP.
"Isso agora vai demandar um estudo muito grande, onde nós vamos comparar células-tronco de diferentes fontes, de cordão umbilical, de tecido adiposo, de polpa dentária, de sangue menstrual, e ver qual é a vocação de cada uma para formar tecido. E isso vai ser um passo importante para a gente poder usar em futuras terapias", declara a geneticista Mayana Zatz, da USP.

Fonte: Globo Reporter
Edição do dia 16/04/2010
16/04/2010 22h36 - Atualizado em 16/04/2010 22h47

Disponivél em:http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2010/04/celulas-tronco-ajudam-tratar-diabetes-e-esclerose-multipla.html

Sangue de cordão umbilical é mais usado do que medula


A ciência acreditava que as células-tronco só existiam nos embriões. Hoje, elas são retiradas de várias partes do corpo.
Vanessa literalmente nasceu de novo. No dia 8 de outubro de 2004, em que ela fez o transplante, ela nasceu novamente", diz Mary Regina Canal, mãe da menina.
Vanessa Canal, de 14 anos, conta o que faz agora que não podia fazer antes: “comer um monte de coisas, tomar sorvete, nadar, ir no mar, tomar sol e muito mais coisas".
A menina que tem fome de viver é nossa velha conhecida. Ela foi entrevistada pelo Globo Repórter em 2005.
Ele tinha várias restrições, depois de passar por três tratamentos de quimioterapia. E não deu certo. A opção, então, era o transplante de medula, mas Vanessa não achava um doador compatível. Quando tudo parecia perdido, um cordão umbilical salvou a vida dela. “Eu fui o primeiro caso de sangue de cordão brasileiro. Foi uma vitória maravilhosa", reconhece Vanessa.
Página virada na vida de Vanessa. Esse é um sonho que está alimentando a esperança da família do Leozinho - um guerreiro que, antes mesmo de completar um ano, teve que começar uma enorme batalha pela vida.
"Desde bebezinho, ele tinha umas manchas e nós achávamos que era picada de inseto. A gente levava no pediatra, e ele falava que não era nada, que ele era alérgico. E nós levávamos em todos os hospitais, iam a um médico e ele falava uma coisa, a gente ia a outro. A gente levava muito ele ao hospital, eu não entendia, porque ele chorava tanto e vomitava tanto”, conta Adriana Cândido, avó de Leonardo.
Demorou um ano a peregrinação por médicos e hospitais até o diagnóstico, com aquela palavra que ninguém quer ouvir.
"A doença do Leo chama leucemia mielomonocítica juvenil. E é uma doença que a quimioterapia não cura. Eu preciso trocar o tipo de medula dele, dar pra ele a medula de uma pessoa saudável, ou medula ou sangue de cordão com célula-tronco hematopoiética de uma pessoa saudável para começar a produzir sangue e ajudar a brigar contra o tipo de leucemia", afirma a pediatra Adriana Seber, Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAAC).
O sangue de cordão umbilical é cada vez mais usado no lugar da medula, por não exigir 100% de compatibilidade. O banco público brasileiro ainda é pequeno, porque as doações ainda são recolhidas em poucas maternidades. Mas nem se compara com a época da luta de Vanessa, cinco anos atrás. Leozinho conseguiu rapidamente um cordão, e pode fazer o transplante a qualquer momento.

"Seis meses atrás, era para ele ter feito o transplante, mas ele ficou na UTI com pneumonia", lembra Tainara, mãe de Leonardo, e Adriana, avó do menino.
Leozinho está muito gripado, e uma nova tentativa de internação será feita em duas semanas. Voltamos no prazo, e nada do Leo melhorar. "Ele piorou, deu febre. Fizeram os exames, fizeram uma tomografia, e deu que ele tem sinusite. Então, a gente está cuidando da sinusite", diz a avó do menino.
Catorze dias de antibiótico, e fomos para a consulta de avaliação. Leo foi reprovado novamente no exame clínico. "infelizmente, ele estava com um quadro viral e sinusite também. Então, não vai poder internar, e agora a mãe está gripada, o pai gripado. Agora, é esperar ele melhorar”, diz a oncologista Roseana Gouveia, do GRAAC.
Serão mais 15 dias de espera, mas, se depender da torcida, vai dar tudo certo. E Leozinho ainda vai cantar sua música preferida por muitos e muitos anos.
No começo, a ciência acreditava que as células-tronco só existiam nos embriões, mas isso já é a pré-história da pesquisa. Hoje, elas são retiradas de várias partes do corpo e, pela capacidade que tem de se transformar em outros tecidos, são consideradas verdadeiros coringas no jogo da vida.
E foi com um desses "coringas" que a faxineira Marcicleide Sério voltou a enxergar. "Nada melhor do que você acordar, abrir o seu olho e ver o mundo. Eu acordava, abria o olho e não via quase nada. Eu não saía no sol. Aliás, eu não saía de casa. Só acompanhada, para eu sair de casa. Agora não, eu saio sozinha, vou trabalhar, graças a Deus. Estou muito feliz. Cada dia mais, eu agradeço a deus", conta.
Nessas orações também estão os médicos do Instituto da Visão da Universidade Federal de São Paulo. Eles estão usando células-tronco para corrigir lesões muito graves na película que reveste o olho.
"Quando a doença pega um olho só, sempre é uma situação mais fácil, porque, no caso dos olhos, nós temos um irmão idêntico do outro lado. Então, você pega um pouquinho de tecido com células-tronco de um olho e transplanta para o outro. Então, você consegue restaurar a superfície desse olho afetado. Quando a doença está nos dois, é um problema", explica o oftalmologista José Pereira Gomes, Unifesp.
Mas esse problema também já tem solução à vista. Só que a fada do dente vai ter que se aposentar. A ciência encontrou no dentinho de leite um verdadeiro tesouro de células-tronco.

"Esse período do desenvolvimento da criança é muito vantajoso para isolar as células-tronco, porque, nesse momento, já se formou o organismo adulto, já é composto pelas células adultas, mas, ao mesmo tempo, ainda continua o desenvolvimento do organismo. Então, nesse momento, as células-tronco são ainda mais poderosas do que quando elas são isoladas do organismo adulto", explica a bióloga Irina Kerkis, Instituto Butantan.
É incrível! Até os médicos ficaram surpresos quando descobriram que a polpa do dente de leite poderia se transformar em tecido para curar olhos doentes.
"A partir do momento em que eu fui conhecendo melhor a potencialidade da célula-tronco do dente de leite e as vantagens dela, pelo fato dela não iniciar processo de rejeição, pelo fato dela conseguir se diferenciar em vários tipos de célula, eu fiquei realmente animado pelo que nós pudemos constatar no modelo animal", conta o oftalmologista José Pereira Gomes, Unifesp.
Os coelhinhos da pesquisa voltaram a enxergar. Os cientistas do Instituto Butantã e da Unifesp já têm autorização para usar a técnica nos pacientes com lesões graves, mas, antes, eles querem entender melhor, porque a célula-tronco nem sempre se liga com perfeição aos tecidos do corpo que precisam ser restaurados.
"Mesmo com a córnea, a gente vê que às vezes existe uns pequenos erros na formação da córnea. Reconstituiu bonito, mas não é tão bonito como a gente gostaria que fosse. Até enxerga, mas a gente gostaria de melhorar. Então, a gente quer ver o que a gente ainda pode melhorar", diz a Dra. Irina.
O certo é que a polpa do dente é uma célula-tronco poderosa, pode virar osso, cartilagem, músculo. Assim, "era uma vez" aquele pingente que tanto enfeitou mães e vovós. Agora, é no laboratório que o dentinho vale ouro.
Fonte: Globo Reporter
Edição do dia 16/04/2010
16/04/2010 22h27 - Atualizado em 16/04/2010 22h46

Disponivél em:http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2010/04/sangue-de-cordao-umbilical-e-cada-vez-mais-usado.html

Bioquímica: Ciclo de Krebs e Junção Neuromuscular (Toid)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

DICA DE LIVRO!


PROFESSOR NÃO DEIXE A PETECA CAIR!

63 IDÉIAS PARA AULAS CRIATIVAS

SIMÃO DE MIRANDA



Acredito, de forma inabalável, que para cada ser humano há reservada uma tarefa importante que precisa ser realizada antes que partamos todos para os lugares além-vida. A sua e a minha, estou certo, é educar. É por isso que deve prevalecer em nós a recorrente sensação de realização pessoal e orgulho por termos escolhido a educação como nosso labor. Então, não devemos apensas fazer a diferença, mas personificarmos a diferença para que não passemos despercebidos pelas histórias de vida dos nossos alunos, mas, isto sim, para que deixemos nessas histórias as marcas mais belas, as pegadas mais firmes, os sinais mais vivos. E essa aludida diferença, no processo educativo, tramita pelos campos afetivo e criativo da natureza humana. P. 19

Há um dito popular, sempre atual, que me agrada maravilhosamente: “Nas dificuldades, algumas pessoas criam asas; outras usam muletas”. Os alunos lhe agradecerão por ter plantado asas, tenha certeza. Aliás, faça um teste comigo: abra seu baú de memórias e resgate as fases dos professores que marcaram sua vida positivamente. Espere e as aprecie por alguns segundos. Pronto! O que têm em comum essas inesquecíveis criaturas que você carrega nessa sua fascinante arca de tesouros até hoje? Claro, as vigorosas marcas do afeto e da criatividade distribuídas com alegria e generosidade ao longo do processo que empreenderam juntos, o farfalhar constante das suas asas na busca de aberturas e possibilidades de proporcionar a você vôos que rompessem o retângulo da sala de aula. P.24.

Há um texto, para mim muito rico, que ilustra de modo formidável o que pode produzir uma prática educativa conduzida de maneira emocionalmente neutra. Seu autor é John White, professor da Stilwater High School, em Stilwater, Oklahoma, Estados Unidos. Ele conta:.
Tendo ensinado no ginásio por muitos anos, durante esse tempo, eu lecionei, entre outros, a um assassino, a um evangelista, a um pugilista, a um ladrão e a um psicótico.
O assassino era um meninozinho que sentava no lugar da frente e me olhava com seus olhos azuis. O evangelista era o mais popular da escola, era líder dos jogos entre os mais velhos. O pugilista ficava parado perto da janela e de vez em quando soltava uma gragalhada que até fazia tremer os gerânios. O ladrão era um coração alegre, diria libertino, sempre uma canção jocosa em sua boca... O psicótico, um pequenino animal de olhar macio. dócil, sempre procurando as sombras.
Hoje, o assassino espera amorte numa penitenciária do estado. O evangelista está enterrado, há um ano, no cemitério da vila. O pugilista perdeu a vida numa briga em Hong-Kong. O ladrão, na ponta dos pés, pode ver da prisão, as janelas de meu quarto. O psicótico de olhar macio e dócil bate com a cabeça na parede forrada de uma cela, no asilo municipal.
Eu devo ter sido uma grande ajuda para estes alunos...
Eu lhes ensinei por que se evapora a água, os nomes das plantas, a classificação dos animais e uma porção de coisas que eu próprio nunca vi, nem valorizei e tampouco acreditava." P.21


O autor colocou algumas frases no livros que também são uma grande fonte de reflexão, entre elas:

Criatividade é permitir que eu próprio cometa erros. Scott Adams

A criatividade requer coragem para abandonar as certezas. Erich Fromn

Tudo que as pessoas criam é uma projeção do que elas têm dentro. Stuart Lichtman

A criança tem a capacidade de levanta de madrugada, atravessar um corredor escuro, abrir a porta do quarto dos pais, subir na cama, colocar-se entre os dois, simplismente para dizer: “Estou com saudade de vocês”, gesto que muitos pais caracterizam como chantagem. Contudo, a criança é autêntica. Toda vez que lhe bloqueamos a manifestação de ternura, ela vai assimilando a lição de que o afeto não deve ser expressado. Naturalemnte, levará esta mensagem para a sua vida. Maria Helena Marcon

Fonte: Miranda, Simão de. Professor não deixe a peteca cair!: 63 idéias para aulas criativas/Simão de Miranda. Campinas, São Paulo: Papirus, 2005.

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O livro trás 63 idéias para melhorar as aulas através de afetividade e criatividade, não colocando as mesmas como idéias prontas e acabadas, alias muito pelo contrario, incentivando a cada professor a modificá-las a buscar idéias novas e a adaptar as mesmas entendendo a necessidade nas turmas, o que percebo é que o autor teve como objetivo principal ao publicar o livro, não o de publicar idéias prontas e mágicas, mas sim incentivar cada professor a fazer de cada aula única, despertando nos alunos o interesse e a criatividade, entendendo que cada professor é um ser único é indispensável para construção de um mundo melhor.

O livro trás várias dicas para apresentação no primeiro dia de aula, para avaliar os alunos, formas animadas de revisão de conteúdo, jogos como os da batalha naval, bolsa de valores,seguindo pistas, a bola e o conhecimento, dialogando com o conhecimento, festival de perguntas, perseguição, campeonato do saber entre outros, e o mais interessante é que todas as atividades propostas vem todas detalhadas de como se aplicar em turma e são todas simples e fácies de aplicar.

O mesmo trás também idéias festivas para aulas de encerramento do período letivo, seja a cada semestre, encontros, cursos, bimestres, ou algum conteúdo especifico é muito interessante pois essa técnica além de incentivar ajuda na interação da turma. Além de técnicas para estimular os alunos.

É um livro riquíssimo que com certeza trás formas de ajudar todos os profissionais da educação nessa missão tão maravilhosa que é “lecionar”


Este livro é sem dúvida muito interessante, pois trás dicas preciosas de como agir em sala de aula, para encantar os seus alunos, transformando o ambiente escolar mais prazeroso e atraindo a atenção e interesse dos mesmos.

Como diz o autor o livro não tem a intenção de se tornar um manual de receitas pedagógicas infalíveis, mas sim de se tornar um material que, se for usado de forma adequada se tornará um excelente recurso na área educativa.

O mais interessante é que esse livro chegou as nossas mãos por um desses professores, que acreditam na educação e que acreditam que com pequenos gestos podem fazer a diferença, pois sabem a importância da profissão que escolheram, e que verdadeiros professores podem transformar vidas.

E para esses professores que se tornaram e se tornam inesquecíveis em novas vidas, fica aqui o nosso carinho e agradecimento.

Fica então aqui nossa dica de livro.

Espero que gostem e coloquem em prática as idéias do mesmo!

Até breve!
Atenciosamente: Gracineide Costa


PRA REFLETIR!


“milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre”
Assim acontece com a gente.
As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo, fica o mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor. Pode ser fogo de fora: Perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre. Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo! Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também. Imagino que o pobre grão de milho, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer. Dentro de suas cascas duras, fechadas em si mesmo, ele não pode imaginar um destino diferente para si. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ele. O grão não imagina aquilo de que ele é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM! E ele aparece como uma outra coisa completamente diferente, uma pipoca, algo que ele mesmo nunca havia sonhado. Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria para ninguém.
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Acredito que o mesmo acontece com cada um de nós, pois são nas grandes dificuldades e dasafios da vida que temos as grandes oportunidades de transformações, pois aprendemos a superar obstáculos a enfrentar desafios e acreditar que através dos nossos erros e que conseguimos concretizar nossos sonhos e ao levantar de cada tombo aprendemos grandes lições e nos tornamos mais fortes.
Pois o grande segredo da vida não é tentar superar os outros, mas sim nos superar, vencer nossos medos e enfrentar todos os desafios.
Até mais!
Gracineide Costa

Clivagem (embriologia)


Clivagem, para a Embriologia, é o nome que se dá ao processo específico de divisão celular equacional (=mitose) no ínicio do desenvolvimento embrionário, pelo qual o zigoto, também dito célula-ovo, originará a multicelulariedade do embrião. O que define como se processará uma clivagem é a quantidade de vitelos existentes e a sua distribuição dentro dos ovos. Pode ser clivagem holoblástica (ou total): igual ou desigual ou meroblástica (ou parcial): discoidal ou periférica.
Após a fecundação, o zigoto começa um processo de divisão para formar os dois primeiros segmentos, que surgem da separação da célula-ovo em duas células-filhas, que serão chamadas blastômeros. Essa divisão ocorre pelo processo de mitose, onde todas as células terão o mesmo material genético daquelas das quais se originaram.
Tipos de clivagem
Na Segmentação Total Igual, todo o zigoto sofrerá segmentação. Um zigoto dará origem a dois blastômeros. Essas divisões vão continuar, dando origem a mais duas células, e assim por diante. Esse número de células vai aumentando ate formar um aglomerado celular, que tem o nome de mórula. Essa segmentação é própria dos mamíferos, anfioxos e equinodermos, onde a quantidade igualitária de vitelo permite a formação de blastômeros do mesmo tamanho.
Na Segmentação Total Desigual o vitelo se mistura com o citoplasma somente no pólo vegetativo, como a mitose trabalha/ocorre mais lentamente com a presença do vitelo, os blastômeros que não o têm reproduzem-se mais. Isso resulta em uma mórula com muitos micrômeros, que não possuem vitelo, e poucos macrômeros, com muito.
Na Segmentação Parcial Discoidal, apenas o disco de citoplasma, que fica no chamado pólo animal, sofre clivagem, no restante, não há segmentação. Esse tipo de segmentação acontece, em geral, em óvulos de répteis, aves, alguns peixes e nos mamíferos ovíparos (Monotremados).
A Segmentação Parcial Superficial acontece em ovos de insetos. Nela, o citoplasma fica em volta do vitelo, que fica no centro. Apenas o núcleo sofre divisões inicialmente, produzindo um cenócito. A seguir, ocorre a migração desses núcleos cenocíticos para a periferia dessa célula multinucleada, e, aí, há a celularização de cada núcleo. Depois disso, núcleo e citoplasma dividem-se mais algumas vezes, e essas células ficam, assim como o citoplasma, em volta do vitelo, criando uma corda que o envolvera. Diferente das outras segmentações, nessa, um mórula não é formada.
Maior quantidade de vitelo significa maior resistência à clivagem. Se a clivagem for incompleta, o embrião forma-se como um disco de células, na superfície da massa de vitelo. Na clivagem completa, os sulcos de clivagem dividem completamente a massa do ovo. O vitelo está concentrado no pólo vegetal no ovo de rã. Os blastômeros no pólo animal são menores,e os do pólo vegetal são maiores.
Fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre
Disponivél em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Clivagem_(embriologia). Acessado em: 12/04/2010 ás 20:12.

sábado, 10 de abril de 2010

LIVRO DE CAPA PRETA

Fato ocorrido em 1892, verdadeiro e parte integrante da biografia do protagonista.


"Um senhor de 70 anos viajava de trem, tendo ao seu lado um jovem universitário, que lia o seu livro de ciências. O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia, e estava aberta no livro de Marcos.

Sem muita cerimônia, o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou:

- O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?

- Sim, mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus. Estou errado?

- Mas é claro que está! – retrucou o jovem - Creio que o senhor deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda crêem que Deus tenha criado o mundo em seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e dizem sobre tudo isso.

- É mesmo? E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia? – perguntou o velho, demonstrando o interesse de quem quer aprender um pouco.

- Bem - respondeu o universitário - como vou descer na próxima estação, falta-me tempo agora, mas deixe o seu cartão que eu lhe enviarei o material pelo correio com a máxima urgência.

O velho então, cuidadosamente, abriu o bolso interno do paletó e deu o seu cartão ao universitário. Quando o jovem leu o que estava escrito, saiu cabisbaixo, sentindo-se pior que uma ameba.
No cartão estava escrito:

Professor Doutor Louis Pasteur
Diretor Geral do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional da França
‘Um pouco de ciência nos afasta de Deus… Muito, nos aproxima