quarta-feira, 8 de abril de 2009

O QUE NOS ENSINAM OS 4 PILARES DA EDUCAÇÃO NO SÉCULO XXI.

Gracineide da Costa Pereira
Profa: Íris Welduschat
Centro Universitário Leonardo Da Vinci - UNIASSELVI
Ciência Biológica (BID 2341) - Didática e Avaliação
04/02/09

Resumo:

Meu trabalho trata do que são os 4 pilares da educação e de sua indispensável importância para a educação no século XXI. De como os pilares servem de base para todos os educadores, pois a partir deles se tem uma visão diferente da educação, já que pagasse a ver a educação não apenas como uma verdade única e absoluta passada pelos professores, e sim a ver a escola como base para um conhecimento de si mesmo, passando-se assim a educar não apenas para a escola, mas para a vida. Pretendo com o mesmo fazer uma analise mais ampla de como nos futuros educadores temos um papel fundamental na construção de pessoas mais criticas e responsáveis com si mesmas e com o mundo que a cercam. E por fim, não poderia deixar de fazer referencia a um autor e educador com idéias que ao meu ver, postas em práticas por boa parte dos educadores, faria uma imensa diferença na formação dos nossos futuros alunos.

Palavras chave: Educação; Inovação; Responsabilidade.


1 INTRODUÇAO:

Para melhor entendimento do mesmo farei uma breve análise do que são os quatro pilares da educação.

1.1 -- Aprender a Conhecer:
Este tipo de aprendizagem que visa não tanto a aquisição de um repertorio de saberes codificados, mas antes o domínio dos próprios instrumentos do conhecimento pode ser considerado, simultaneamente, como um meio e uma finalidade da vida humana. Meio, porque se pretende que cada um aprenda a compreender o mundo que o rodeia, pelo menos na medida em que isso lhe é necessário para viver dignamente, para resolver as suas capacidades profissionais, para comunicar. Finalidade, porque seu fundamento é o prazer de compreender, de conhecer, de descobrir.(...) Aprender para conhecer supõe, antes de tudo, aprender a aprender, exercitando a atenção, a memória e o pensamento.(...) O processo de aprendizagem do conhecimento nunca está acabado, e pode enriquecer-se com qualquer experiência. Neste sentido, liga-se cada vez mais a experiência de trabalho, a medida que se torna menos rotineiro. A educação primaria pode ser considerada bem sucedida se conseguir transmitir as pessoas o impulso e as bases que façam com que continuem a aprender ao longo de toda a vida, no trabalho, mas também fora dele. FONTE: DELORS, Jacques (coord.). Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a Unesco da Comissão internacional sobre educação para o século XXI. Trad. José Carlos Eufrazio. São Paulo: Cortez, Brasília, DF: MEC: UNESCO, 2001, p. 90 a 92.(trechos)

1.2 - APRENDER A FAZER:

Aprender a conhecer e aprender a fazer são em larga medidas, indissolúveis. Mas na segunda aprendizagem está mais estreitamente ligada à questão da formação profissional: Como ensinar o aluno à por em prática os seus conhecimentos e, também, como adaptar a educação ao trabalho futuro quando não pode prever qual será a evolução? (...) Aprender a fazer não pode, pois, continuar a ter o significado simples de preparar alguém para uma tarefa material bem determinada, para fazê-lo participar no fabrico de alguma coisa. Como conseqüência, as aprendizagens devem evoluir e não podem mais ser consideradas como como simples transmissão de práticas mais ou menos rotineiras, embora estas continuem a ter um valor formativo que não é de desprezar. FONTE: Delors Jacques (coord.). Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a Unesco da Comissão internacional sobre educação para o século XXI. Trad. José Carlos Eufrazio. São Paulo: Cortez, Brasília, DF: MEC: UNESCO, 2001.

1.3 - APRENDER A VIVER JUNTOS:

A educação tem por missão, por um lado, transmitir conhecimentos sobre a diversidade da espécie humana e, por outro, levar as pessoas a tomar consciência das semelhanças e da interdependência entre todos os seres humanos do planeta. Desde tenra idade a escola deve, pois, aproveitar todas as ocasiões para está dupla aprendizagem. (...).Passando à descoberta do outro, necessariamente, pela descoberta de si mesmo, e por dar à criança e o adolescente uma visão ajustada do mundo, a educação, seja ela dada pela família, pela comunidade ou pela escola, deve antes de mais nada, ajudá-los a descobrir-se a si mesmos. Só então poderão, verdadeiramente por se no lugar dos outros e compreender suas reações. Desenvolver esta atitude de empatia, na escola é muito útil para os comportamentos sociais ao longo de toda a vida. FONTE: DELORS, Jacques (coord.). Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a Unesco da Comissão internacional sobre educação para o século XXI. Trad. José Carlos Eufrazio. São Paulo: Cortez, Brasília, DF: MEC: UNESCO, 2001.P. 97.

1.4 - APRENDER A SER:

Desde a primeira reunião, a comissão reafirmou energicamente, um principio fundamental: a educação deve contribuir para o desenvolvimento da pessoa - espírito e corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade. Todo ser humano deve ser preparado, especialmente graças à educação que recebe na juventude, para elaborar pensamentos autônomos e críticos e para formular os seus próprios juisos de valor, de modo a poder decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes circunstancias da vida. FONTE: Didática e Avaliação. P. 45.

O relatório Aprender a ser (1972) exprimia, no preâmbulo, o temor da desumanizarão do mundo relacionada com a evolução técnica. A evolução das sociedades desde então e, sobretudo, o enorme desenvolvimento do poder mediático, vieram acentuar este temor e tornar mais legitima ainda a injunção que lhe serve de fundamento. É possível que no século XXI estes fenômenos adquiram ainda mais amplitude. Mas do que preparar as crianças para uma dada sociedade, o problema será, então, fornecer-lhes constantemente forças e referencias intelectuais que lhes permitam compreender o mundo que as rodeia e comportar-se nele como atores responsáveis e justos. Mais do que nunca a educação parece ter, como papel essencial, conferir a todos os seres humanos a liberdade de pensamento, discernimento, sentimentos e imaginação de que necessitam para desenvolver os seus talentos e permanecerem, tanto quanto possíveis donos do próprio destino. FONTE: Didática e Avaliação. P. 45.


2 MAIS O QUE NOS ENSINAM OS 4 PILARES DA EDUCAÇAO PARA O SÉCULO XXI?

Como podemos perceber os quatro pilares são de suma importância para a educação do século XXI. Pois nos levam a pensar e refletir sobre o sistema educacional. Vemos que a educação passa cada vez mais por transformações, e devemos estar atentos às mesmas. Levando a educação para a vida, levando assim os nossos alunos a serem mais críticos e éticos. A serem pensadores e escritores da própria história. Mas como podemos colocar em prática os quatro pilares da educação?

Farei agora uma breve análise dos 4 pilares da educação, e de como cada um deles pode ser explorado, levando os nossos alunos a terem uma maior autonomia e conhecimento de si mesmo e com o mundo que o cerca.


2.1- APRENDER A CONHECER:

Como vimos o aprender a conhecer é uma atividade de extrema importância para o ser humano. Por isso é necessário tornar prazeroso o ato de compreender, descobrir, construir e reconstruir o conhecimento, valorizando assim a curiosidade e a criatividade de cada um. É preciso aprender com os conhecimentos do passado, reconstruir o velho, pensar o novo, repensar, recriar e reinventar. É preciso estimular está vontade em nossos alunos, de pensar e de construir.

O conhecimento humano pode ser estudo de dois ângulos: primeiramente como ação humana sobre algo a ser conhecido, e como bem da humanidade, que pode ser construído individualmente ou coletivamente. Na primeira visão o conhecimento é o próprio ato de conhecer, ou seja, é o processo pelo qual a pessoa aprende para si um novo conhecimento. Na segunda, o conhecimento é formado por um conjunto de conhecimentos construídos e acumulados pela humanidade ao longo dos anos, ou seja, é o seu patrimônio.

Conhecer é descobrir a essência das coisas, é aprender a ver as coisas sobre vários ângulos, é questionar, e aprender com os erros, é saber ousar, é não ter medo de aprender a cada dia. Todo conhecimento envolve três partes: o "eu" que conhece, a atividade que se desprende desse "eu", e o objeto alcançado pela atividade. Assim podemos dizer que conhecer é construir significados sobre algo que nos é apresentado. É a atividade intelectual por meio da qual se dá a apreensão de algo exterior à pessoa. Conhecer é um processo continuo e dinâmico que acontece em nossas vidas todos os dias. Estamos sempre aprendendo, e por isso devemos ter uma visão mais ampla e mais critica sobre tudo que nos é passado, não aceitando tudo como verdade única e absoluta, aprendendo a ver a mesma coisa por formas e ângulos diferentes. Mas como educadores, como poderíamos fazer isto com nossos alunos?

Não acredito que exista uma receita, ou uma formula mágica que leve as pessoas a pensar a serem mais criticas, mas acredito que algumas atitudes que ao meu ver são bastante simples podem ajudar bastantes nossos alunos neste maravilhoso aprendizado.

Medidas simples, como: Despertar nos alunos suas habilidades, entendendo que cada ser é único, e despertar nele o que mais gosta de fazer, é sem dúvida um dos melhores aprendizados, deveriam ter nas escolas desde o ensino primário várias atividades, para despertarem nas crianças suas preferências, como músicas, artes... Incentivar os alunos a pesquisar, a descobrir novidades sobre o que se está sendo estudado, não deixar que o conhecimento em sala de aula seja único e absoluto, levar os alunos à dúvida, a pesquisa. Reconheço que tais atividades já são propostas para as crianças em disciplinas como as já citadas, artes, música, mas não vejo o verdadeiro interesse por parte dos professores nos alunos. O que quero dizer, é que, por exemplo, deveria se incentivar mais um aluno com aptidão ao desenhar, ou mesmo incentivar a leitura e a escrita em alunos que tem o dom de fazer boas redações, podem se tornar excelentes escritores se incentivados a um dom que já lhe são natos. Não quero dizer com está minha análise que alunos que não tenham estas aptidões as quais me referi, não podem vim a ser grandes pintores, ou escritores, apenas acredito que incentivar aqueles que já demonstram uma certa aptidão para tais tarefas seria de fundamental importância. E incentivar as crianças que mesmo que não tenham tão aptidão, mas que tem um interesse especial por determinada matéria também, seria muito interessante, pois assim estaríamos criando uma certa autonomia, digamos assim, despertando nos alunos os seus interesses e a sua criatividade.

Os alunos que vão mal nas provas, hoje, poderão se tornar excelentes cientistas, executivos e profissionais no futuro. Basta que os estimulemos. Estimule os seus alunos a abrir as janelas da mente, a ter ousadia para pensar, questionar, debater, romper paradigmas. Este é um excelente hábito. Professores fascinantes formam pensadores que são autores da sua história. FONTE: Cury, Augusto. Pais Brilhantes Professores Fascinantes. P. 71


2.2 - APRENDER A FAZER:

Mas o que é fazer? De acordo com as definições dos dicionários, fazer é realizar, executar, criar, construir, trabalhar em, proceder, fabricar, manufaturar, etc. Aprender a fazer pode ser considerado arte. Pois em sentido restrito como: quadros, esculturas, pinturas, músicas, livros etc. Em sentido mais amplo estão os afazeres, podem também ser considerado arte por serem belos aos nossos olhos, tais como fazer carinho em alguém, fazer uma boa ação, etc.. O fazer pode-se dizer que envolve pelo menos duas etapas: O pensar e o fazer propriamente ditam. Muitas vezes afirmamos "eu fiz sem pensar". Entretanto, podemos até não lembrar, mas está etapa de pensar antes certamente existiu. Assim como o conhecer, o fazer também é um processo que ocorre ao longo de toda a vida, de acordo com as necessidades e com os interesses de cada um.

Vimos neste contexto, que aprender a fazer, não significa apenas preparasse com os cuidados para inserir-se no mercado de trabalho ou mesmo apenas para se obter boas notas na escola. Este aprender a fazer ao qual nos referimos é algo bem mais amplo.Vivemos num tempo de grandes transformações e aonde nos vimos obrigados a estar sempre atualizados. Temos que estar nos reciclando sempre, pois a cada dia vimos que as profissões esperam dos indivíduos, cada vez mais conhecimentos, e o saber fazer se torna indispensável neste quadro de evolução constante. A cada dia temos que estar mais aptos para enfrentar novas situações, e apenas saber fazer não basta temos que aprender a trabalhar em equipe que é algo fundamental. Ter iniciativa e intuição, gostar de uma certa dose de riscos, saber comunicar-se e resolver conflitos, e ser flexível. Aprender a fazer envolve uma série de técnicas a serem trabalhadas.

Sócrates, Platão, Aristóteles, Agostinho, Spinosa, Kant, Descartes, Hegel, Einstein e tantos outros foram dominados e impulsionados por seus sonhos. Brilharam como pensadores. Seus pensamentos tornaram-se chuva tranqüila que irrigou os excelentes campos das idéias. Mas onde estão os pensadores da humanidade? Centenas de milhões de jovens estão nas escolas em todo o mundo, mas são vitimas de uma educação em crise. Os professores estão se transformando em máquinas de ensinar e os alunos em máquinas de aprender. Os professores da pré-escola à universidade deveriam ter um salário igual o melhor do que o dos juizes, dos promotores, dos psiquiatras, dos psicólogos clínicos, dos generais, dos chefes da polícia. Por que? Porque o trabalho deles é tão ou mais importante do que o de todos estes profissionais. Os professores educam a emoção e trabalham nos solos da inteligência para que os jovens não adoeçam as suas mente, não se sentem nos bancos dos réus, não façam guerras. Quem é mais importante, aquele que previne as doenças ou aquele que as trata? A medicina preventiva é certamente mais importante que a curativa. Os educadores são os profissionais que mais contribuem para a humanidade. Todavia, eles estão em um dos últimos lugares na escala profissional. FONTE: Cury, Augusto. Nunca desista dos seus sonhos. P.114.

Os professores fascinantes transformam a informação em conhecimento e o conhecimento em experiência. Sabem que apenas a experiência é registrada de maneira privilegiada nos solos da memória, e somente ela cria avenidas na memória capazes de transformar a personalidade. Por isso, estão sempre trazendo as informações que transmitem para a experiência da vida. FONTE: Cury, Augusto. Pais Brilhantes Professores Fascinantes. P. 57.

Errar é uma etapa do inventar, falhar são degraus de criar. Por isso a cultura das provas está errada a cultura das provas esta errada nas escolas do mundo todo. Quem acerta tem notas altas, quem erra é punido com notas baixas. Esta política desrespeita a riquíssima pedagogia do ensaio do erro que promoveu as grandes conquistas da história. Se quem erra é punido, a punição é registrada de maneira privilegiada no centro da memória através do fenômeno RAM (Registro Automático da Memória), obstruindo a ousadia e a inventividade. Por outro lado, se quem erra é valorizado e encorajado, ele consegue ampliar os horizontes da reflexão, incorporar novas experiências e refazer caminhos. Lembre-se que caímos muitas vezes até aprendermos a andar. Quem erra tem oportunidade de sonhar com as conquistas, tem mais chance de aprender e mais gosto pela vitória. Esse é um dos fundamentos da inteligência multifocal. Entretanto o medo de errar gera um "eu" submisso, tímido e inseguro. Fleming descobriu a penicilina graças a um fungo que contaminou a lamina de cultura que ele deixara sem proteção no laboratório. Acertou errando. Um erro levou à produção da penicilina, que salvou milhões de pessoas da morte e de dores insuportáveis. Roentgen descobriu o raios-X pelo descuido no manuseio de uma placa fotográfica. Einstein teve de recuperar do lixo algumas passagens das equações que levaram à teoria da relatividade. Simon Campbell errou ao não conseguir chegar ao novo medicamento para desobstruir artérias em caos de angina, mas descobriu o Viagra. Nos alicerces das grandes descobertas existem grandes falhas, nos alicerces das grandes falhas existem grandes sonhos de superação. Realizar os sonhos implica riscos, riscos implicam escolhas, escolhas implicam erros. FONTE: Cury, Augusto. Nunca desista dos seus sonhos. P.120 e 121.

Se olharmos em nossa volta, veremos que estamos rodeados de coisas criadas pelo homem, objetos, móveis, alguma coisa até mesmo criada por você mesmo, por interesse ou mesmo por necessidade ou até mesmo por habilidade.

Aprendemos a fazer também diversas coisas que não são transformadas em produtos materiais, são as ações e experiências que aprendemos desde que nascemos, dormir, comer, andar, dirigir, dentre tantas outras coisas.

Mas o que podemos fazer, num sentido mais amplo, para melhor as nossas vidas, para melhor a nossa comunidade a nossa realidade. O que podemos fazer como educadores para mudar a educação do nosso país?

Neste contesto vemos a importante do aprender a fazer. Do aprender a fazer a diferença, sendo mais responsáveis e críticos em nossa missão de educadores, formando assim alunos pensadores e não apenas repetidores de conhecimentos.

Os professores fascinantes objetivam que seus alunos sejam líderes de si mesmos. Proclamam de diversas formas em sala de aula aos seus alunos: "Que vocês sejam grandes empreendedores. Se empreenderem, não tenham medo de falhar. Se falharem, não tenham medo de chorar. Se chorarem, repensem as suas vidas, mas não desistam. Dêem sempre uma nova chance a si mesmos”.Quando as dificuldades abatem seus alunos, quando a economia do país está em crise ou os problemas sociais se avolumam, eles novamente proclamam: "Os perdedores vêem os raios. Os vencedores vêem a chuva, e com ela a oportunidade de cultivar. Os perdedores paralisam-se diante de suas perdas e frustrações. Os vencedores vêem a oportunidade de mudar tudo de novo. Nunca desista dos seus sonhos". FONTE: CURY, Augusto. Pais Brilhantes e Professores Fascinantes. P.80


2.3 - APRENDER A CONVIVER:

Na atualidade vemos que este aprendizado está cada dia mais se tornando indispensável. É um aprendizado importantíssimo, e não é uma tarefa muito simples, aprender a conviver, pois isto implica em aprender a aceitar diferenças, aprender a conviver com situações adversas com modos de pensar diferentes, e aprender a administrar conflitos, compreender que quando aprendemos a respeitar pontos de vista diferentes, não significa que estamos aderindo a valores, mas aprendemos assim a conhecer para aprender a respeitar.

Este aprender a conhecer de uma forma mais ampla, ocorre em todos os lugares, por isso este aprendizado é algo diário, pois aprendemos a conviver todos os dias, seja com as pessoas da nossa família, com nossos colegas de trabalho, com nossos amigos e vizinhos. Este aprender a conviver no contexto escolar, é algo que vem sendo bastante discutido, pois o que vemos é cada vez mais casos na mídia de agressões por parte de alunos e professores, se este aprendizado de convivência fosse colocado em prática certamente tais conflitos que a cada dia parecem se tornar mais rotineiros, não aconteceriam com tanta freqüência. Porém, não adianta apenas teorias, tem-se que estudar formas de colocar em prática este aprender a conviver, trazendo também as famílias para uma participação mais ampla com as escolas, pois família e escola unidas com certeza conseguiriam mudar este quadro.

Temos que partir do principio, que este aprendizado é algo que temos que ter. Pois conviver, é um fenômeno atemporal e universal, ou seja, independe de época e de lugar para ocorrer. De forma harmônica ou não, com maior ou com menor intensidade, estamos convivendo todos os dias com inúmeras pessoas, com umas por um breve período, mas mesmo assim convivendo. A convivência entre os homens é um dos temas centrais da história da humanidade, com histórias religiosas, de guerras, aventuras, de descobertas entre outras.

No contexto educacional, este aprender a conviver deveria ser mais incentivado em trabalhos em grupo, em competições entre classes. Na formação dentro das escolas de grupos de teatro, música, esportes, nos quais o trabalho em equipe aproximaria estes alunos, fazendo que os mesmos aprendem a viver em grupo.

Tender para objetivos comuns. Quando se trabalha em conjunto sobre projetos motivadores e fora do habitual, as diferenças e até os conflitos interindividuais tendem a reduzir-se, chegando a desaparecer em alguns casos. Uma nova forma de identificação nasce destes projetos que fazem com que se ultrapassem as rotinas individuais, que valorizam aquilo que é comum e não as diferenças(...). FONTE: DELORS, Jacques. Educação um tesouro a descobrir. P.98

A educação formal deve, pois reservas tempo e ocasiões suficientes em seus programas para iniciar os jovens em projetos de cooperação, logo desde a infância, no campo das atividades desportivas e culturais, evidentemente, mas também estimulando a sua participação em atividades sociais: renovação de bairros, ajuda aos desfavorecidos, ações humanitárias, serviços de solidariedade entre gerações... As outras organizações educativas e associações devem, neste campo, continuar o trabalho iniciado pela escola.(...) FONTE: DELORS Jacques (coord.). Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a Unesco da Comissão internacional sobre educação para o século XXI. Trad. José Carlos Eufrazio. São Paulo: Cortez, Brasília, DF: MEC: UNESCO, 2001.P. 98.

Devemos entender e fazer com que nossos alunos percebam que aprender a conviver, é digamos assim, uma questão de sobrevivência seja na questão educacional, familiar ou profissional, pois o que vemos é que o mercado de trabalho a cada dia se torna mais competitivo, é que qualificação profissional apenas não é o bastante, pois saber conviver, é algo que está se levando muito em conta no ambiente profissional, não adianta que a pessoa seja ótima na profissão que exerce, se não sabe conviver com as pessoas que a cercam, por isso é essencial saber viver e conviver, saber trabalhar em equipe, é preciso mais que isso, é preciso saber transformar o ambiente onde estamos, seja este ambiental familiar, educacional ou de trabalho, pois não há nada melhor do que conviver com pessoas que sabem ouvir, que sabem impor o que pensam, mas ao mesmo tempo sabem escutar e respeitar limites. Por isso a importância deste aprendizado desde pequenos nas escolas, pois é algo que será determinante em nossas vidas, devemos mostrar aos nossos alunos que respeitar diferenças, não significa mudar nossos conceitos ou mesmo aderir a valores, significa apenas aprender que todos somos diferentes e aprender a conhecer é o caminho mais curto para se aprender a respeitar.

Quando falamos sobre aprender a conviver, não podemos apenas nos restringir a convivência com as outras pessoas, pois temos que antes de tudo, aprender a conviver com os nossos sentimentos, pensamentos, valores e com o mundo que nos cerca.

Os jovens conhecem cada vez mais o mundo em que estão, mas quase nada sobre o mundo que são. No máximo conhecem a sala de visitas da sua própria personalidade. Quer pior solidão que está? O ser humano é um estranho para si mesmo! A educação tornou-se seca, fria e sem tempero emocional. Os jovens raramente sabem pedir perdão, reconhecer seus limites, se colocar no lugar dos outros.Qual é o resultado? Nunca o conhecimento médico e psiquiátrico foi tão grande, e nunca as pessoas tiveram tantos transtornos emocionais e tantas doenças psicossomáticas. A depressão raramente atingia as crianças. Hoje há muitas crianças deprimidas e sem encanto pela vida. Pré-adolescentes e adolescentes estão desenvolvendo obsessão, síndrome do pânico, fobias, timidez, agressividade e outros transtornos ansiosos. FONTE: Cury, Augusto. Pais Brilhantes Professores Fascinantes. P. 15

Ninguém vive só, somos frutos de relação seja por sentimentos de afeto ou não. Precisamos das outras pessoas seja fisicamente, psicologicamente e sem falar na dependência financeira, no qual está o convívio do trabalho. Por isso a importância de se aprender a conviver, pois está convivência é simplesmente determinante para o equilíbrio, digamos assim, da nossa vida.

2.4 - APRENDER A SER:

É importantíssimo desenvolver sensibilidade, sentido ético e estético, responsabilidade pessoal, pensamento autônomo e critico, imaginação, criatividade, iniciativa e crescimento da pessoa em relação à inteligência. A aprendizagem precisa ser integral, não negligenciando nenhuma das potencialidades de cada individuo.

Bons professores ensinam seus alunos a explorar o mundo em que estão, do imenso espaço ao pequeno átomo. Professores fascinantes ensinam os alunos a explorar o mundo que são, o seu próprio ser. Sua educação segue as notas da emoção. Os professores fascinantes sabem que trabalhar com a emoção é mais complexo do que trabalhar com os mais intricados cálculos da física e da matemática. A emoção pode transformar ricos em paupérrimo, intelectuais em crianças, poderosos em frágeis seres. FONTE: Cury, Augusto. Pais Brilhantes Professores Fascinantes. P. 66

Tenho investigado a vida de grandes pensadores como Confúcio, Buda, Platão, Freud, Einstein. Todos eles foram mestres inesquecíveis, porque estimularam seu íntimo a velejar para dentro de si mesmos. Na coleção de livros Analise da inteligência de Cristo (Cury, 2000), tive a oportunidade de investigar os pensamentos de Jesus Cristo, bem como sua capacidade de proteger a emoção, e sua habilidade de trabalhar nos solos da inteligência dos seus discípulos. Aparentemente, ele morreu como o mais derrotado dos homens, pois o mais forte dos seus discípulos o negou e os demais o abandonaram. Mas ninguém é abandonado quando as suas sementes são enterradas. As sementes que ele plantou nos solos da memória dos seus discípulos inspiraram a inteligência, libertaram a emoção, romperam o cárcere do medo, fizeram dos jovens galileus, tão despreparados para a vida, uma casta de finos pensadores. A conclusão a que cheguei é que Jesus Cristo se tornou o mestre inesquecível não por atos sobrenaturais, mas porque arejou o anfiteatro da mente humana com habilidade impar. Nunca alguém tão grande se fez tão pequeno para tornar grandes os pequenos. Independentemente de religião, os que amam a educação devem estudá-lo. FONTE: Cury, Augusto. Pais Brilhantes Professores Fascinantes.P. 73.

Bons professores falam com a voz, professores fascinantes falam com os olhos. Bons professores são didáticos, professores fascinantes vão além. Possuem sensibilidade para falar ao coração dos seus alunos.Enxergue o mundo com os olhos de uma águia. Veja por vários ângulos a educação. Entenda que somos criadores e vítimas do sistema social que valoriza o ter e não o ser, a estética e não o conteúdo, o consumo e não as idéias. No que depender de nós, devemos dar nossa parcela de contribuição para gerar uma humanidade mais saudável. FONTE: Cury, Augusto. Pais Brilhantes Professores Fascinantes. P. 67

Infelizmente, mergulhamos na sociedade sem qualquer preparo para viver. Somos vacinados desde a infância contra uma série de vírus e bactérias, mas não recebemos nenhuma vacina contra as decepções, frustrações e rejeições. Quantas lágrimas, doenças psíquicas, crises no relacionamento e até suicídios poderiam ser evitados com a educação da emoção? FONTE: Cury, Augusto. Pais Brilhantes Professores Fascinantes. P. 67



3 PORQUE TODOS OS EDUCADORES DEVEM TOMAR CONHECIMENTO DOS 4 PILARES DA EDUCAÇÃO?

O conhecimento dos 4 pilares educacionais é algo indispensável para os educadores, pois a partir deles passamos a ter uma visão mais ampla e critica do ensino. E desta forma passamos com estes novos valores e conceitos a elaborar planos de aula de forma mais concisa e consciente, levando em consideração que a educação não deve ser vista como apenas um aprendizado para a sala de aula, mas sim um aprendizado para a vida. Levando em consideração que não se deve apenas passar o conhecimento como verdade única e absoluta, mas sim levar os alunos a despertarem o conhecimento e a vontade de descobrir, não educar meros repetidores de conhecimentos, mas futuros modificadores, educando não apenas para a escola, mas sim para a vida.

A prática pedagógica como vimos preocupar-se em desenvolver os quatro pilares do conhecimento o aprender a conhecer, que indica o interesse à abertura para o conhecimento, o aprender a fazer, que mostra a coragem de executar, de errar na busca de acertar, do aprender a conviver que trás o desafio da convivência consigo e com as outras pessoas, e o aprender a ser, que talvez seja o mais importante de todos, pois tende a explicar o papel de cada um e o objetivo de viver.


4 MAS COLOCAR EM PRÁTICA ESTES 4 PILARES EDUCACIONAIS EM TODAS AS ESCOLAS SERÁ UM SONHO?

Não poderia falar sobre os 4 pilares educacionais sem fazer referencia a dois livros que ao meu ver, deveriam ser lidos por todos os educadores, mesmo já os tendo referenciado em algumas partes do meu trabalho, gostaria também de deixar este capitulo a parte sobre o mesmo, já que ao meu ver, estes dois livros trazem idéias importantíssimas para o quatro educacional, os mesmos se titulam, Pais Brilhantes e Professores Fascinantes e Nunca Desista dos seus Sonhos, os mesmos nos mostram como a educação deve ter um papel fundamental na sociedade, vejo que mesmo que de forma implícita as idéias do autor se aproxima muito das idéias que nos trazem os 4 pilares educacionais. A seguir farei referencia a algumas partes do livro, as quais me chamaram muita atenção e que nos leva a pensar e refletir sobre a educação e sobre o papel de nós educadores e futuros educadores."Os educadores, apesar das suas dificuldades, são insubstituíveis, porque a gentileza, a solidariedade, a tolerância, a inclusão, os sentimentos altruístas, enfim, todas as áreas da sensibilidade não podem ser ensinadas por máquinas, e sim por serem humanos”.(Cury, Augusto, 2005, P. 65).

Alguém poderia argumentar dizendo que os governos faliriam se investissem fortemente na educação. Se metade do orçamento das forças armadas, do dinheiro gasto com as pesquisas com antidepressivos, com o aparato policial, com o combate ao uso de drogas fosse investido na educação, os jovens teriam mais chances de ser menos repetidores de informação e mais pensadores, menos doentes e mais sábios, menos frustrados e mais sonhadores. O caos da humanidade é reflexo do desprezo que as sociedades modernas tem pela educação. Nos discursos políticos a educação está em primeiro lugar, na ação concreta está em último. As sociedades que desprezam seus jovens asfixiam seu futuro. De fato a juventude tem sido massacrada pelo sistema. Nossos filhos estão perdendo a identidade, são tratados como consumidores, um número de cartão de crédito. O índice de agressividade, ansiedade, depressão, farmacodependencia, alienação social entre os jovens cada vez aumenta mais. Os professores estressados, e os alunos, ansiosos. Quando vamos acordar? FONTE: Cury, Augusto. Nunca desista dos seus sonhos. P.115.

Nos últimos seis meses dei conferencias para mais de 25 mil educadores. Muitos eram professores universitários. Eles representam um universo de mais de dois milhões de alunos. Eu lhes perguntei: o que é mais importante para formar um pensador - a dúvida ou o conhecimento pronto? Todos disseram que era a dúvida. Em seguida indaguei: "O que vocês ensinam?" Surpreendidos e honestos, disseram que ensinavam o conhecimento pronto. Este é o sistema: damos o conhecimento pronto e acabado para os jovens. Não os estimulamos a criticar, questionar, discordar. Os alunos não descobrem, não criam, não ousam pensar, não se aventuram. O sistema, sem perceber, encarcera o "eu", aprisionando-o na platéia, não o estimulando para que assuma seu papel de diretor do script da sua história. Os professores são os poetas da vida, mas o sistema de ensino, do nível fundamental a universidade, tem formado servos. Os jovens estão despreparados para enfrentar os desafios exteriores e os conflitos interiores. Não sabem proteger sua emoção, administrar seus pensamentos, expor suas idéias, pensar antes de agir. FONTE: Cury, Augusto. Nunca desista dos seus sonhos. P.116.

O autor nos leva a pensar no sistema educacional de uma forma mais critica, mostrando como a educação colocada em primeiro plano mudaria consideravelmente as condições de vida de toda uma sociedade. Pois ao se investir em educação, estaremos investindo diretamente no futuro, já que nossos jovens são os formadores do amanha. E o que estamos fazendo com os nossos jovens? Estamos cada vez mais criando pessoas consumistas e desinteressadas. Ao ensinarmos o conhecimento pronto, não damos chance de nossos alunos pensarem, não deixamos que sejam mais críticos e responsáveis sobre si mesmos e sobre o mundo que os cerca."Todos nos deveríamos em algum momento da nossa existência questionar nossas vidas e analisar pelo que estamos lutando. Quem não consegue fazer este questionamento será servo do sistema, viverá para trabalhar, cumprir obrigações profissionais e apenas sobreviver. Por fim, sucumbirá no vazio”.(Cury, Augusto, 2007, P. 22)

Bons professores usam a memória como armazém de informações, professores fascinantes usam a memória como suporte da criatividade. Bons professores cumprem o conteúdo programático das aulas, professores fascinantes também cumprem o conteúdo programático, mas seu objetivo fundamental é ensinar os alunos a serem pensadores e não repetidores de informações. FONTE: Cury, Augusto. Pais Brilhantes Professores Fascinantes. P. 68.

Durante os dois primeiros anos do ensino médio, eu tinha apenas dois cadernos e quase nada estava escrito neles. Era difícil me adaptar a uma educação que não provocava a minha inteligência. Alguns, naquela época, vendo o meu aparente desinteresse, achavam que eu não seria nada na vida. Mas, dentro de mim, havia uma explosão de idéias. Pensar era uma aventura que me encantava. Hoje tenho mais de cinco mil páginas escritas, e a minoria está publicada. Meus livros são estudados por cientistas e lido por centenas de milhares de pessoas por todo o mundo. No entanto, estou convicto de que não tenho uma inteligência privilegiada. Todos temos uma mente especial. Aonde chegamos depende do quanto libertamos a arte de pensar. FONTE: Cury, Augusto. Pais Brilhantes Professores Fascinantes. P. 70.

Nesta citação, o autor nos passa, como nós professores temos que ter uma visão sobre os nossos alunos diferenciada, pois alunos que aparentemente, podem parecer desinteressados, podem ser pessoas brilhantes no futuro. Porém o que acontece na maioria dos casos, é que os professores, esquecem destes alunos, não procuram descobrir o motivo do seu desinteresse, e por este motivo, quantos inúmeros gênios estamos perdendo nesta caminhada?

Um bom professor educa os seus alunos para a profissão, um professor fascinante os educa para a vida. Professores fascinantes são profissionais revolucionários. Ninguém sabe avaliar o seu poder, nem eles mesmos. Eles mudam paradigmas, transformam o destino de um povo e um sistema social sem armas, tão somente por prepararem seus alunos para a vida através do espetáculo das suas idéias. FONTE: Cury, Augusto. Pais Brilhantes Professores Fascinantes.P. 79

No passado, o conhecimento dobrava em dois ou três séculos. Atualmente o conhecimento dobra, a cada cinco anos. No entanto, onde estão os pensadores? Estamos assistindo ao fim dos pensadores nas escolas, nas universidades e até nos cursos de pós-graduação. Multiplicamos o conhecimento, mas não os homens que pensam. FONTE: Cury, Augusto. Pais Brilhantes Professores Fascinantes.P. 71.

Nesta outra citação, vejo como estamos na era da informação é que o lógico seria a descoberta de verdadeiros gênios no campo educacional, porém não é isso que vemos, os nossos alunos tem medo de pensar, de exporem as suas idéias, vivemos num mundo cada vez mais competitivo, onde o que importa é o que se tem, e não o que somos. Vivemos escravos do consumismo. Consumismo este, que faz nossos alunos cada vez mais escolherem carreiras, não por aptidão ou amor, mais pelo retorno financeiro que a mesma venha lhe trazer no futuro. Precisamos mudar está realidade. Precisamos educar nossos alunos para a vida, formar pessoas mais criticas e sonhadoras, escritoras da própria história. Precisamos levar nossos alunos a sonhar."A juventude mundial está perdendo a capacidade de sonhar. Os jovens têm muitos desejos, mas poucos sonhos. Desejos não resistem às dificuldades da vida, sonhos são projetos de vida resistem ao caos".(Cury, Augusto, 2007, P.11).

Os sonhos são como vento, você os sente, mas não sabe de onde eles vieram nem pra onde eles vão. Eles inspiram o poeta, animam o escritor, arrebatam o estudante, abrem a inteligência do cientista, dão ousadia ao líder. Eles nascem como flores nos terrenos da inteligência e crescem nos vales secretos da mente humana, um lugar que poucos exploram e compreendem. FONTE: Cury, Augusto. Nunca Desista dos seus Sonhos. P. 9.

Os sonhos e os professores. Professores, vocês não precisam de sonhos para ter eloqüência, metodologia, conhecimento lógico. Nem precisarão de sonhos para gritar com os alunos, implorar silencio em sala de aula, dizer que não terão futuro se não estudarem. Mas precisarão de sonhos para transformar a sala de aula num ambiente prazeroso e atraente, que educa a emoção dos seus alunos, que os retire da condição de espectadores passivos para se tornarem atores do teatro da educação. Precisarão de sonhos para esculpir nos seus alunos a arte de pensar antes de reagir, a cidadania, a solidariedade, para que aprendam a extrair segurança na terra do medo, esperança na desolação, dignidade nas perdas. Precisarão de sonhos para serem poetas da vida e acreditarem na educação, apesar de as sociedades modernas a colocarem em um dos últimos lugares em suas prioridades. Precisarão de sonhos espetaculares para terem convicção de que vocês são artesãos da personalidade e saberem que sem vocês nossa espécie não tem esperança, nossas primaveras não tem andorinhas, nosso ar não tem oxigênio, nossa inteligência não tem saúde. FONTE: Cury, Augusto. Nunca desista dos seus sonhos. P.124.

Devo admitir que vejo estes dois livros como base para uma educação mais ampla e consciente, voltada para a valorização dos nossos alunos como pessoas pensantes e criticas. Voltado para o ensino para a vida. E de como todos os professores e futuros professores, têm um papel de fundamental importância neste aprendizado.

E se, colocar realmente em prática os 4 pilares da educação for um sonho, que seja, pois o mundo é mudado por grandes sonhadores, que sonham grande e lutam até conquistarem os mesmos. Grandes transformações são feitas por grandes pessoas que tem coragem de seguir e correr atrás do que acreditam, e é exatamente disto que estamos precisando, de professores capazes de sonhar, e de acreditar que sonhos se tornam reais pra quem busca e acredita, e mesmo que se como educadores não conseguirmos mudar o mundo, mas mesmo assim, no meio da nossa caminhada, se conseguirmos mudar a maneira de ser e pensar de ao menos um de nossos alunos, já vai ter válido a pena, pois para este aluno fizemos a diferença.

4 - CONCLUSAO:

O objetivo do mesmo foi mostrar o que são os quatro pilares educacionais, como os mesmo são de fundamental importância para a formação de nossos alunos, tornando-os não apenas meros decoradores e repetidores de conceitos definidos, mas sim pessoas mais criticas e interessadas pelo mundo que a cercam e assim muito mais preparadas para a vida.

Deixando claro que os mesmos não devem ser vistos como regras, mas sim como parâmetros educacionais, para serem lidos e analisados, e a partir dai cabe a todos os educadores e a nós futuros educadores termos uma postura mais critica diante destes pilares educacionais para nos tornamos educadores capazes de: ser, fazer, conviver e conhecer. De sermos capazes de passar conhecimento, de aprender, transformando os nossos alunos. De sermos educadores conscientes da nossa missão e aprendermos a conhecer a cada dia e de sermos capazes de fazer com que nossos alunos aprendam que: ser, fazer, conhecer e conviver é uma arte, que deve ser aprendida para a vida.


5 - REFERENCIAS:

CURY, Augusto Jorge. Nunca Desista dos seus Sonhos. Rio de Janeiro. Sextante, 2007.P. 9, 11, 22, 114, 115, 116, 120, 121 e 124.

CURY, Augusto Jorge. Pais Brilhantes professores Fascinantes. Rio de Janeiro. Sextante, 2003. P. 15, 57, 64, 65, 67, 68, 70, 71, 73, 79 e 80.

DELORS Jacques (coord.). Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a Unesco da Comissão internacional sobre educação para o século XXI. Trad. José Carlos Eufrazio. São Paulo: Cortez, Brasília, DF: MEC: UNESCO, 2001.P. 98.

WEIDUSCHAT, Íris. Didática e Avaliação. Associação Educacional Leonardo da Vinci (ASSELVI). Indaial: Ed. Asselvi, 2007. 2 ed.


Nenhum comentário:

Postar um comentário